A travesti assassinada com disparos de arma de fogo na noite do último sábado (16), em Teresina, foi identificada. Trata-se de Samara Cibele, de 31 anos. O crime aconteceu no bairro Parque Alvorada, zona Norte da capital. A família realizou o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML) e aguarda a liberação, para o sepultamento na cidade de Caxias, no Maranhão.
Em entrevista ao A10+, a diretora de Promoção da Cidadania LGBTQIAP+, da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (SASC), Joseane Borges, explicou que Samara era interna da Penitenciária Feminina e havia sido beneficiada com a saída temporária por bom comportamento. Ela respondia por furtos.
“Estou com a mãe da Samara para reconhecimento do corpo e levá-la para sepultá-la. Estamos no IML. Já foi reconhecida. Ela tinha ganhado indulto por ela ter bons comportamentos e ajudar dentro da penitenciária, ela não estava livre da pena”, explicou.
O portal apurou com o 9º Batalhão da Polícia Militar do Piauí que a vítima estava na companhia de outra pessoa quando os criminosos, ainda não identificados, chegaram e efetuaram vários disparos. A travesti foi atingida com tiros na região da cabeça. Joseane Borges lamentou o caso e reforçou o pedido de justiça.
“Estamos aqui no serviço social da penitenciária feminina, junto com a família da Samara, que veio a ser assassinada no sábado. A nossa luta não é para entregar as filhas travestis e transsexuais para as mães mortas. A nossa luta é para inserir dentro do mercado de trabalho e principalmente no sistema educacional. É muito triste esse momento, mas nós estamos aqui fazendo esse trabalho de formiguinha para que a gente não possa ter mais notícias dessa. A mãe está aqui muito triste e vai levar sua filha para ser sepultada em Caxias, no Maranhão. Nossa luta é justamente por uma questão de justiça e de cidadania para a população e travestis e transexuais. Nós não vamos parar por aqui e justiça será feita”, destacou.
A motivação do homicídio ainda é desconhecida. A Polícia Civil, através do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), segue investigando o caso.
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