A rotina da famílias do bairro Faveira, em Curralinhos (PI), tem uma preocupação pouco comum para o século 21. Além da pobreza, falta de saneamento e precariedade das moradias, os moradores vivem sem água encanada em casa. Para ter acesso ao líquido tão precioso, mais ainda essencial numa Pandemia, o jeito é improvisar galões e caixas d´águas para receber água de três em três dias que é levada para os moradores em um carro pipa.
Outra forma de obter água é quando ‘Deus’ manda chuva e os moradores conseguem captar a água que é nas tarefas diárias, como lavar louça e as roupas, tomar banho e puxar a descarga, naquelas poucas casas que já dispõem de um banheiro simples.
A rotina em busca de água na comunidade carente de atenção do poder público é ainda mais severa quando o esperado caminhão pipa quebra. A solução dos moradores, para não morrer de sede, é colocar a lata vazia na cabeça e buscar água onde encontrar, a caminhada as vezes de quilômetros só é recompensada quando encontram água para trazer nas latas para casa.
A busca incessante por água oculta até a preocupação com a chegada do novo coronavírus na comunidade. Sem dinheiro suficiente para comprar álcool em gel e com água apenas para o mínimo de sobrevivência fica difícil da comunidade Faveira continuar escondida deste vírus.
Por Redação do Portal Fala Piauí – direto de Curralinhos (PI)