Isqueiro pode ter causado incêndio que atingiu casa e matou irmãos; mãe presta depoimento

A Polícia Civil do Piauí ouviu, nesta terça-feira (06), a mãe das crianças que morreram carbonizadas em um incêndio dentro da própria casa. Sophia e Samuel, de 3 e 5 anos de idade, ficaram trancados, enquanto a mulher saiu para buscar água gelada. Uma das suspeitas é que fogo tenha iniciado após uma das vítimas ter acendido um isqueiro. O caso ocorreu no último fim de semana na cidade de Água Branca, no interior do Piauí. 

"Em depoimento, ela disse que chegou do trabalho, deu o alimento para as crianças e saiu para a casa do padrasto para buscar água gelada, pois a geladeira dela estava com problema. Teria sido um curto espaço de tempo e o ocorreu o incêndio. Como a casa estava fechada, os vizinhos não conseguiram apagar logo as chamas e as crianças acabaram carbonizadas", explica o delegado Marcelo Leal, da  Gerência de Polícia Metropolitana (GPM). 

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Na cidade não há Corpo de Bombeiros e um carro-pipa foi usado para apagar as chamas. O delegado explica que o depoimento da mãe indica que o incêndio pode ter iniciado após uma das crianças acender um isqueiro. 

"É uma das possibilidades, já que os relatos apontam que na casa não havia outros utensílios ligados à rede elétrica. Esse isqueiro era usado para acender o fogão e a própria mãe disse que já havia flagrado o filho menor com o isqueiro e o havia alertado. Mas a confirmação se essa foi realmente a causa, cabe à perícia", conta Leal. 

Boa mãe

De acordo com vizinhos, a mulher era uma boa mãe. O caso pode ser encerrado sem indiciamento.

"Até agora não se visualiza nenhum tipo de responsabilização para essa mãe que é tida como uma mãe bastante diligente e cuidadosa com os filhos. Entendemos que, nesse momento, ela já recebeu uma grande penalização com a perda dos dois filhos. O procedimento vai ser finalizado e encaminhado para a Justiça", explica o delegado. 

Os corpos Sophia e Samuel seguem no Instituto de Medicina Legal (IML), aguardando o resultado de DNA para que sejam liberados. Por meio do exame genético será possível saber também se as vítimas estavam vivas ou não quando foram atingidas pelas chamas.