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Policial mata paciente em surto psicótico após enfermeira ser feita refém em UTI

Imagens mostram o momento em que a enfermeira consegue afastar o braço do paciente, escapando instantes antes do disparo fatal.

Por: Redação Fala Piauí Fonte: MN
19/01/2025 às 16h45
Policial mata paciente em surto psicótico após enfermeira ser feita refém em UTI
reprodução

Um paciente internado na UTI do Hospital Municipal de Morrinhos, no sul de Goiás, foi morto por um policial militar após fazer uma enfermeira refém durante um surto psicótico. Segundo a Polícia Militar (PM), o homem ameaçava a profissional com um pedaço de vidro quebrado. Imagens mostram o momento em que a enfermeira consegue afastar o braço do paciente, escapando instantes antes do disparo fatal.  

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O incidente ocorreu no sábado (18). Em nota, a PM informou que tentou aplicar protocolos de gerenciamento de crise para libertar a refém, mas não obteve sucesso. Diante do risco iminente à vida da enfermeira, foi efetuado um disparo contra o paciente, identificado como Luiz Cláudio Dias, de 59 anos. O tiro, segundo a polícia, foi planejado para imobilizá-lo, mas atingiu o abdômen.  

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Apesar de receber atendimento médico imediato, Luiz Cláudio não resistiu aos ferimentos e morreu. O hospital informou que não comentará o caso no momento.  

De acordo com o prefeito de Morrinhos, Maycllyn Carreiro (PL), Luiz Cláudio não tinha histórico de surtos psicóticos. Ele estava internado há três dias para tratamento renal e, durante o surto, teria arrancado os equipamentos médicos, quebrado um vidro no banheiro e feito a enfermeira refém, ameaçando-a com o objeto cortante.  

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"A equipe médica tentou dialogar com ele, mas sem sucesso. Diante da gravidade, acionaram a PM", explicou o prefeito. Segundo ele, embora delírios em UTIs não sejam incomuns, o episódio foi considerado atípico pela gravidade da situação.  

O caso gerou revolta entre os familiares do paciente. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Luiz Henrique Dias, filho de Luiz Cláudio, criticou a atuação policial e a comunicação do hospital.  "Fiquei sabendo da morte do meu pai pelos vídeos que começaram a circular. Que despreparo. Meu pai estava fragilizado, com menos de 60 kg e hipoglicemia. A polícia matou meu pai dentro de uma UTI", desabafou o dentista.  

O corpo de Luiz Cláudio foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) no domingo (19). O funeral foi realizado na manhã do mesmo dia, com sepultamento previsto para a noite.  

A Polícia Militar de Goiás divulgou nota detalhando o ocorrido. Segundo a corporação, os protocolos de gerenciamento de crise foram seguidos, mas o disparo foi necessário para proteger a vida da refém. A nota também informou que um procedimento administrativo foi instaurado para apurar os fatos.  

A ocorrência foi acompanhada por um delegado plantonista, que conduzirá as investigações. A Polícia Militar reafirmou seu compromisso com a apuração rigorosa do caso, lamentando o desfecho trágico.  

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