Após a goleada de 4 a 1 para a Argentina, a pressão sobre Dorival Júnior aumenta, e a CBF discute uma possível troca de técnico. Carlo Ancelotti, preferido de Ednaldo Rodrigues, volta a ser cogitado, enquanto a participação de possíveis substitutos no Mundial de Clubes gera um dilema sobre o momento da decisão.
As atuações ruins da Seleção levaram Ednaldo Rodrigues e a CBF a discutirem o futuro do departamento de futebol. A relação, já distante, esfriou ainda mais. Após os empates de novembro, a Data Fifa de março se tornou decisiva para avaliar Dorival Júnior, enquanto Ednaldo focou em sua reeleição, marcada para a véspera do jogo contra a Argentina.
A derrota por 4 a 1 agravou a pressão sobre Dorival Júnior, cujo cargo já estava em risco na CBF. Ednaldo Rodrigues chegou tarde aos jogos contra Colômbia e Argentina, enquanto a possível troca de técnico era discutida em meio à celebração de sua vitória eleitoral. O próprio presidente admitiu o descompasso entre futebol e política.
Ao ser questionado sobre Dorival, Ednaldo Rodrigues reagiu de forma cautelosa, afirmando que "até então" a CBF apoiava a comissão técnica, afastando-se da responsabilidade pela fase ruim da Seleção, repetindo declarações anteriores.
"Eu reitero, da parte da CBF, que tudo que é solicitado à administração, na pessoa do seu presidente, é disponibilizado. Tudo. O que for das melhores condições para os atletas, para a comissão técnica, enfim. Mas, também, o que eu coloco é que o resultado em campo, esse a gente não tem controle. Eu não tenho controle do resultado em campo", disse.
Carlo Ancelotti voltou a ser cogitado para a Seleção, impulsionado pela segurança política de Ednaldo Rodrigues e a possível saída do italiano do Real Madrid após o Mundial de Clubes. Filipe Luís também surge como alternativa, enquanto nomes como Jorge Jesus e Abel Ferreira têm menor aprovação na CBF. A decisão pode ocorrer após a Data Fifa de junho, considerando não só os resultados, mas o desempenho da equipe.