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Réu fala em “silêncio ensurdecedor” do Exército sobre acampamentos

Coronel Márcio Nunes de Resende é réu do núcleo 3 da trama golpista

Por: Redação Fala Piauí Fonte: Agência Brasil
28/07/2025 às 18h10
Réu fala em “silêncio ensurdecedor” do Exército sobre acampamentos
© Antônio Cruz/ Agência Brasil

O coronel Márcio Nunes de Resende afirmou nesta segunda-feira (28) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que houve um “silêncio ensurdecedor” do Exército sobre o acampamento golpista montado em frente do quartel da força após o resultado das eleições de 2022.

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O militar é um dos réus do núcleo 3 da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a trama golpista e foi interrogado pelo juiz Rafael Tamai, magistrado auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

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Rezende foi acusado de participar de reunião de Forças Especiais do Exército, cujos soldados são conhecidos como kids pretos, para elaboração de uma carta para pressionar o Alto Comando do Exército Brasileiro a aderir à trama golpista. O encontro foi realizado em novembro de 2022. Durante a audiência, o coronel criticou o Exército por não se posicionar contra o acampamento.

"Houve um silêncio ensurdecedor por parte do Exército. Não gostaria de estar criticando a instituição da qual eu tenho muito orgulho de servido, mas, com aquele pessoal acampado na frente dos quartéis, achando que teria alguma coisa, seria importante um posicionamento", afirmou.

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Perguntado pelo magistrado sobre o objetivo da reunião, Márcio Nunes disse que o encontro, realizado em um salão de festas, foi uma confraternização entre amigos e não houve organização e pauta pré-definida. Ele também negou ter conhecimento da carta.

"Esse evento foi informal, uma reunião de amigos. Eu tinha cedido o espaço, que não é meu, é do meu pai", completou.

O STF interroga hoje nove militares do Exército e um policial federal que pertencem ao núcleo 3 da denúncia da trama golpista. Parte dos militares integrava o Batalhão de Forças Especiais do Exército, cujos soldados são conhecidos como “kids pretos”.

Os denunciados deste núcleo são acusados de planejar "ações táticas" para efetivar o plano golpista, entre elas, o monitoramento de Alexandre de Moraes e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Por estarem na condição de réus, os acusados podem ficar em silêncio diante das perguntas que forem feitas pelos representantes da PGR e do gabinete de Alexandre de Moraes.

Confira os réus que são interrogados

Bernardo Romão Correa Netto (coronel);

Estevam Theophilo (general);

Fabrício Moreira de Bastos (coronel);

Hélio Ferreira (tenente-coronel);

Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);

Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel);

Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);

Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel);

Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);

Wladimir Matos Soares (policial federal).

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