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Polícia Federal pede prisão de padre Robson ao STJ

Defesa do padre informou que os fatos usados para fazer o pedido são antigos e que não existe justificativa para a prisão. Religioso era investigado por desvio de dinheiro da Afipe

André Santana
Por: André Santana Fonte: G1 Goiás
20/11/2021 às 09h52
Polícia Federal pede prisão de padre Robson ao STJ
Padre Robson era investigado por desvio de dinheiro da Afipe — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

 

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A Polícia Federal enviou para o Superior Tribunal da Justiça (STJ) um pedido de prisão contra o padre Robson de Oliveira. O religioso era investigado por suspeita de desvio de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), em Trindade, na Região Metropolitana da capital, mas toda apuração foi suspensa por decisão judicial. O padre sempre negou irregularidades no comando da entidade.

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A defesa do padre disse que os fatos usados para fazer o pedido são antigos e que não existe justificativa para a prisão. Além disso, foi feita uma representação contra a solicitação da Polícia Federal.

O STJ disse, em nota, que "não divulga informações sobre ações originárias em segredo de justiça, as quais estão sob o comando dos respectivos relatores, sob pena de prejuízo ao andamento das investigações".

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A investigação contra o padre Robson de Oliveira começou quando ele ainda era reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Ele teria criado associações para desviar mais de R$ 100 milhões em doações de fiéis para comprar fazendas, casa na praia e até um avião, segundo o Ministério Público.

 

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Entenda a operação do MP

Durante o trabalho do Ministério Público, foram encontrados áudios que mostram uma conversa entre o padre Robson de Oliveira e dois advogados sobre o suposto pagamento de propina no valor de R$ 1,5 milhão a desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás para receber uma decisão favorável em um processo envolvendo uma fazenda comprada pela Afipe.

 

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Após a divulgação desses áudios, toda investigação foi encaminhada para o Superior Tribunal de Justiça.

 

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Em outubro de 2020, o Tribunal de Justiça determinou que as investigações fossem interrompidas por entender que não estavam presentes os crimes apontados pelos promotores. Após recursos, o caso foi para o STJ, que em maio deste ano, manteve a investigação bloqueada. À época, o desembargador Olindo Menezes considerou que as provas usadas pelo Ministério Público durante a operação foram compartilhadas de maneira ilegal de outra apuração.

 

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O Ministério Público informou que o julgamento ainda está pendente e que não houve o encerramento de todo o processo. O órgão disse ainda que não foi analisado a legalidade ou não das provas obtidas. “O objeto de recurso é a tipicidade/atipicidade dos fatos (se há crime ou não há praticado por Robson e os demais)”, diz a nota. O MP ainda aguarda o julgamento do recurso pelo STJ.

 

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5 pontos para entender as investigações sobre o Padre Robson

 

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Operação Vendilhões

 

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A Operação Vendilhões surgiu após uma investigação que apurou uma série de extorsões feitas por hackers contra o padre para que um suposto relacionamento amoroso dele não fosse divulgado. Ao todo o padre pagou R$ 2,9 milhões com dinheiro da Associação dos Filhos do Divino Pai Eterno (Afipe) em troca do arquivamento das mídias.

 

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Segundo a decisão do STJ, os dados dessa investigação foram compartilhados, tendo sido “ilegalmente utilizados pelo Ministério Público para iniciar a persecução”.

 

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Investigação começou após hacker ameaçar expor supostos casos amorosos

 

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Operação Vendilhões

 

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O Ministério Publico cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao padre Robson em agosto de 2020. De acordo com as investigações, as associações criadas pelo religioso movimentaram cercar de R$ 2 bilhões em dez anos.

 

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Os valores deveriam ter sido usados na construção da nova Basílica de Trindade. Porém, foram usados para outros fins, como a compra de imóveis e empresas, segundo os promotores. O templo segue em fase inicial da obra.

 

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Em dezembro de 2020, padre Robson e outras 17 pessoas foram denunciadas por organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Porém, o processo foi bloqueado pela Justiça

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