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Cidade proíbe venda e consumo de peixe Tambaqui associados à doença da urina preta

Medida, que já entrou em vigor, vale para pescados vindos do Amazonas

Por: Redação Fala Piauí
14/09/2021 às 07h44
Cidade proíbe venda e consumo de peixe Tambaqui associados à doença da urina preta
Foto: Reprodução

O prefeito de Santarém, Francisco Nélio Aguiar da Silva, publicou um decreto nesta sexta-feira, 10, em que proíbe temporariamente, enquanto for recomendado pelas autoridades de saúde pública, a comercialização e o consumo de pescados da espécie tambaqui, pacu e pirapitinga que tenham como origem o Estado do Amazonas, como medida preventiva para conter a ocorrência da doença de Haff, conhecida como doença da urina preta. O decreto vale para o município de Santarém desde a publicação, ou seja, esta sexta-feira.

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O decreto coloca como justificativa a existência de casos suspeitos da doença da urina preta no município de Santarém e na região metropolitana de Belém, que estão sendo investigados pelo Centro de Investigação Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado do Pará, “e que as autoridades de saúde do Pará e demais Estados suspeitam que a síndrome decorre da ingestão de pescados”, sendo mais comum a associação às espécies tambaqui, pacu e pirapitinga. O texto observa também que há “reiterados casos da doença de Haff registrados no Estado do Amazonas, tendo inclusive evoluído a óbito”.

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No decreto, a prefeitura explica que o Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde, por meio da Divisão Especializada em Vigilância Sanitária, promoverá, juntamente com Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca ( Semap) e associação de pescadores, a orientação aos profissionais sobre o correto acondicionamento e conservação dos pescados. A ação será integrada à Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca, orientando os feirantes e comerciantes sobre a proibição temporária da comercialização e do consumo dos pescados. Haverá também fiscalização nas feiras e mercados municipais contra a comercialização de pescado que estejam mal acondicionados e conservados e que tenham como origem o Amazonas.

De acordo com o titular da Semap, Bruno Costa, em relação às fiscalizações nas feiras e mercados, neste primeiro momento, a ação pretende sensibilizar e conscientizar a população, especialmente os vendedores de peixe, sobre os cuidados necessários com a manipulação do alimento.

“Criamos esse grupo de trabalho com mais de quinze órgãos ligados ao assunto com o objetivo de discutir medidas preventivas que serão adotadas em relação a essa doença. Queremos deixar claro e tranquilizar a população que até o momento não há nenhum caso confirmado em Santarém. Estamos articulando junto a entidades de pesquisas amostras que possam comprovar a eficácia das espécies do pescado em nossa região, desde a captura até a venda ao consumidor”, relatou.

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